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O Grupo Autônomo de Mulheres de Pelotas - Ong feminista, foi fundado em 8 de março de 1992. Luta por um mundo justo, pacífico e igualitário para mulheres, homens e crianças. Igualdade e respeito às diferenças!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Nossa história

O Grupo Autônomo de Mulheres de Pelotas - GAMP - é a primeira ONG feminista de Pelotas. Fundada em 8 de março de 1992, tem como meta orientar as mulheres e a sociedade sobre os seus direitos e trabalha informando sobre diversas formas de discriminação e preconceitos.
Nosso tema é: IGUALDADE E RESPEITO ÀS DIFERENÇAS e os nossos objetivos principais são:
- Lutar contra toda a forma de opressão existente sobre as mulheres, manifestando-se publicamente sempre que necessário, ampliando a consciência das mulheres sobre sua condição;
- Resgatar a identidade própria das mulheres e sua auto-estima;
- Incentivar uma nova postura frente à vida e a construção de uma identidade forte, através de atos, encontros, participações e seminários;
- Ampliar a consciência de gênero;
- Registrar a data de 8 de março, bem como outras datas reservadas as mulheres e;
- Incentivar a participação das mulheres em todos os movimentos e segmentos da sociedade.
A criação do GAMP surgiu como resultado da reunião de vários segmentos da sociedade: sindicatos, partidos políticos, grupos de mulheres das comunidades religiosas, associações que, influenciadas por acontecimentos nacionais e locais sentiram a necessidade de se organizar e dar um basta ao silêncio, e chamar a atenção à discriminação sofrida pelas mulheres, materializada por vários fatos, principalmente os homicídios e a maneira como eram julgados.
A indignação cresceu a tal ponto, que o engajamento se deu naturalmente. A organização fortaleceu-se e a mobilização para a participação em grandes manifestações, como 8 de março, 25 de novembro, campanhas denunciando a violência, desrespeito e crimes foram crescendo. Foi a partir dessas manifestações que algumas mulheres levantaram a possibilidade de manter essa organização durante todo o ano, já que avaliávamos que além de denunciar a violência doméstica, era necessário também tratar a violência histórica e cultural.
Em Pelotas, a Lei Orgânica do município tinha duas leis específicas para as mulheres aguardando regulamentação e, após muitos anos, a Câmara Municipal voltava a ter uma mulher vereadora: Cecília Hypólito. As nossas primeiras atividades se concentraram na discussão e na redação da lei municipal que criaria o albergue para as mulheres vítimas de violência e em situação de risco de vida, e da criação do Conselho Municipal da Mulher. Paralelamente, eram promovidos painéis e debates sobre violência contra a mulher.
Além disto, fazíamos o acompanhamento constante do Posto Policial para a Mulher, que funcionava junto a Delegacia do 1º Distrito de Pelotas. Este acompanhamento se dava na forma de visitas periódicas ao Posto, assistindo o trabalho das inspetoras policiais, divulgando o número de ocorrências e fazendo, sempre que necessário, manifestações pela permanência de seu funcionamento, o qual esteve diversas vezes ameaçado de fechar as portas.
Coletamos assinaturas em abaixo-assinados, fizemos diversas visitas ao Delegado Regional de Pelotas, ao Procurador Geral do Município, ao Prefeito Municipal, ao Secretário de Segurança Publica do Estado e Governador, objetivando a criação da Delegacia e da nomeação da Delegada Titular. O que finalmente, depois de vários anos de luta, ocorreu em março de 1999.
Em 1992, acompanhamos a aprovação da lei de criação do Centro de Acolhida (albergue) para Mulheres Vítimas de Violência na Câmara Municipal. O prefeito vetou. Mobilizamos a sociedade obtendo a derrubada do veto e a publicação da lei em abril de 1992.
Logo após esta conquista, iniciamos a discussão para a regulamentação da lei de criação do Conselho Municipal da Mulher. Durante quase três meses discutimos e elaboramos esta lei que, depois de aprovada pelos vereadores, também foi vetada pelo prefeito. Novamente o veto foi derrubado e a lei publicada. Foram necessárias sete audiências com o prefeito, ao longo de um ano, para a nomeação das Conselheiras, em 27 de dezembro de 1993.
Ainda em 1992, lançamos a campanha “Mulher, não chora...fala”, incentivando a denúncia e o registro dos casos de violência doméstica, e obtivemos grande repercussão.
Durante toda a nossa história realizamos palestras, seminários e oficinas em parceria com diversos grupos sociais. Participamos das grandes campanhas estaduais e nacionais, dos encontros feministas e, das conferências estaduais e nacionais de políticas públicas para as mulheres.
Realizamos vários projetos como a formação de Promotoras Legais Populares (PLPs) em parceria com a THEMIS, Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero (POA) e com a Fundação Ângela Borba (RJ); os Serviços de Informação a Mulher (SIM), onde as PLPs atuam nos bairros e; os vários projetos de atendimento à famílias em vulnerabilidade social em parceria com a prefeitura municipal.
Atualmente, um dos nossos grandes projetos de trabalho, é a divulgação e a plena implementação da Lei Maria da Penha em Pelotas.
O GAMP integra o Conselho Municipal da Mulher, o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, a Marcha Mundial de Mulheres, a Uniperiferia, o Fórum de Acompanhamento à Rede de Atendimento à Mulher e a Rede Estadual de Justiça e Gênero.

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